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sexta-feira, 14 de março de 2008

Director Técnico para a arbitragem?

Em conversa com alguns apaixonados pelo pólo aquático chegámos à conclusão (talvez errada) que um dos problemas de hoje em dia é que não há verdadeiramente uma pessoa a tempo inteiro dedicada à arbitragem.

O que queremos dizer com isto?
Na Natação existem directores técnicos, seleccionadores, etc...
No Pólo Aquático e na Sincronizada, idem...

Todas estas pessoas são staff remunerado, pela Federação ou pelas Associações (que tem os seus directores técnicos e seleccionadores regionais), para apresentarem planos de desenvolvimento, de crescimento, resultados (não vou entrar em debates sobre os resultados desses planos, pois não é esse o objectivo aqui), etc..

Porque é que a arbitragem não tem um "Director Técnico Nacional"?
Uma pessoa (ou mais, se necessário) que criasse os planos de desenvolvimento da modalidade, de acompanhamento, de incentivo à formação de novos árbitros, etc.

Porque continuamos a aproveitar a "boa vontade" e empreendorismo das pessoas que constituem os Conselhos de Arbitragem Regionais e Nacional (e que tem os seus próprios empregos) para desenvolver a modalidade?

Não seria altura de se parar, pensar no benefício acrescido que traria existir uma tal pessoa (vamos chamar-lhe "Director Técnico Arbitragem" para maior facilidade)?
Se até nas entidades internacionais e na maioria das Federações Internacionais existe um Comité de Arbitragem, não teríamos todos a ganhar de ter uma situação destas a nível nacional?

Uma pessoa que não iria ocupar os seus tempos livres a investir na arbitragem, mas que faria disso a sua missão e o seu projecto e que como tal seria remunerada?

Acredito que a modalidade (Pólo Aquático e Arbitragem) só teria a ganhar com isso!
Esta pessoa teria disponibilidade total para reunir com Associações, fazer acções de formações nos clubes, acompanhar os novos árbitros, fazer o seguimento das compromissos de cada árbitro em cada época, esclarecer dúvidas, fazer o seguimento da postura e equipamentos que os árbitros usam, as classificações de cada época que originam promoções a novas categorias, manutenção ou despromoção, etc.
E sendo um "profissional" dedicado à arbitragem, só teria vantagens em ver crescer a classe e em acabar ou evitar os conflitos existentes, clarificando as dúvidas que possam aparecer ou surgir.

Não vou ser utópica ao ponto de dizer que algum dia a arbitragem será consensual (nunca foi em nenhum lado do mundo... não me parece que aqui fosse).
Mas pelo menos havia um interlocutor 100% disponível, que era pago para isso.

Que vos parece esta proposta?

2 comentários:

Anónimo disse...

sem duvida alguma um voto a favor

Apito na água disse...

É uma reflexão interessante.
Um director técnico da arbitragem poderia servir para regulamentar a arbitragem nacional e determinar uma linha condutora comum, baseada na observação e contextualização da arbitragem semana a semana.
Contudo penso que no presente momento seja uma utopia. Seria talvez mais interesssante ter um director técnico do pólo a tempo inteiro, como acontece na natação para que o planeamento pudesse ser muito mais cuidado.
Mas voltemos à arbitragem.
A nossa extrutura não suporta no actual contexto a presença a tempo inteiro de um DT. Penso que se poderia avançar para soluções menos complexas, como por exemplo o aumento do diálogo entre o CA da fpn e os CAs das associações, devendo existir uma colaboração mais efectiva, nomeadamente na nomeação semanal dos árbitros, ou seja a constituição de delagados com base nos conselhos regionais, seria talvez a forma mais ágil de resolver o problema.
Para mim a existencia de delegados aos jogos faria mais sentido.
A avaliação é fundamental na carreira de um árbitro, para que este possa evoluir.
JB