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quarta-feira, 12 de março de 2008

Ética - Formação moral

Muito se tem dito e escrito sobre a formação dos árbitros e a sua conduta.

Não entrando nesse debate, acredito que se deveria entrar num sistema similar ao usado internacionalmente, em que os árbitros anualmente assinam um documento com as regras de conduta e ética definidas.

Uma redundância, dirão alguns, pois faz parte do processo de ser árbitro.
É possível... mas também sabemos que um compromisso formalizado por escrito tem outra força e é mais respeitado (talvez uma questão de mentalidade).

Junto-vos um ficheiro com o código de ética elaborado pelo Comité de Árbitros dos USA, bem como uma tradução "livre" do mesmo (para ajudar os que não estão tão à-vontade no inglês).

Que vos parece começar por um passo destes?

São coisas tão simples, mas que a maioria de nós (enquanto árbitros e oficiais) tem tendência para esquecer!

Código de Ética Árbitros Pólo Aquático USA (versão EN)

Código de Ética Árbitros Pólo Aquático USA (versão PT)

7 comentários:

Anónimo disse...

Para comecar e tendo em conta que todos nos devemos reger por padrões de ética, no minimo, moral acho essa iniciativa um verdadeiro disparate.
Porque da mesma maneira que alguém casa, assina um papel, usa alianca e engana o parceiro (a) quebrando assim uma promessa, no Polo aquático Português o mesmo iria acontecer logo na primeira jornada...

Não estou a dizer que os árbitros não saibam as regras... é uma realidade que muitos (e apitam na primeira divisão) não fazem ideia de muitas das regras, mas a verdade é que como em tantas outras coisas em Portugal, também o Polo aquático é marcado por regionalismos.

Escusam também de argumentar que é uma diferenca de estilo de arbitragem, porque na realidade o que se passa é mesmo uma diferenca de critérios. Para as equipas da minha região as regras são estas e são muito fixes e leves, para os outros "estrangeiros" as regras são outras porque nós estamos aqui é para ganhar o jogo.

Já sei que me vão acusar de ser faccioso e mau perdedor... estejam à vontade! Eu, como toda a gente que conheco, sou mau perdedor quando sou, e vou utilizar a expressão mais correcta do vocabulário Português, roubado.

Como exemplo fica um belo campeonato perdido no Algarve porque infelizmente não levamos um árbitro do Porto (que é internacional, com mérito, e tem influência em Associacões e Federacão).

Claro está que defender os árbitros é fácil... porque é uma posicão dificil, porque para haver polo aquático em Portugal os jogadores tem de ser árbitros, porque não recebem a tempo e horas, etc, etc... Mas se as pessoas que os defendem de vez em quando fossem ver uns jogos (e não estou a referir os tipicos clássicos e as fases finais), talvez os jogadores, como eu fui, não se queixassem dos árbitros...

Mas isto é só uma opinião de quem nunca esteve do lado certo dos gostos dos árbitros.

Arbitragemwppt disse...

Olá Carlos
Obrigada pelos teus comentários.
É isso mesmo que gostava de ver da parte das pessoas.
Cada um tem a sua opinião e o objectivo é partilharmos essas opiniões (e se todos gostarmos do azul... era um mundo chato).
Pequeno esclarecimento - o objectivo não é defender os árbitros ou a arbitragem, pois todos sabemos (a começar por mim) que ninguém é perfeito e todos temos dias bons, maus e muito maus (tanto na vida como na arbitragem).
Mas gostava que se chegasse a um consenso sobre critérios, propostas para formação e acompanhamento e acima de tudo ética e formação moral (que todos dizem ter e que faz parte do necessário, mas que na prática nem sempre se vê). Mas para tudo isto é necessário começar pelas bases e ter a colaboração de todos (colegas árbitros, clubes, jogadores, treinadores, etc).
Mas espero que com um debate saudável se chegue a boas conclusões (o que não evita que existam sempre erros e que as equipas se sintam sempre roubadas - por experiência de 20 anos de jogadora, sei que acontece sempre isso, com bons ou maus árbitros)
Obrigada por partilhares a tua opinião

Apito na água disse...

Será suposto todos nós os que por aqui andamos, termos como base determinados padorões de ética, concordo com o Carlos, quando se refere à questão da moral, mais que não seja pelos, erros que por vezes são cometidos pelos árbitors no decorrer da partida. e como ser humano que sou também cometo alguns.
A questão principal sob o ponto de vista da ética desportiva coloca-se essencilamente no comportamento do árbitro enquanto juiz. Ou seja o seu comportamento ético deve ser o mais correcto possivel, o mais coerente e o mais bem preparado.Porque um árbitro bem preparado conhecedor dos regulamentos e das regras tem por obrigatoriedade ser ético na verdadeira ascepção da palavra. Caro Carlos não se trata de uma questão de regionalismo, mas sim de uma questão de lógica. As regras são iguais no norte no centro e no sul. A questão principal está em realizar-se uma análise mais profunda e conforme tu referes passa essencilamente por uma questão de critérios.
Critérios esses que deveriam ser difinidos no inicio da época desportiva em reuniões conjuntas com a presença de todos os árbitros e em minha opinião de um representante dos treinadores.
E isto para que se possa ter uma linha condutora comum a todos os árbitros em actividade, sejam regionais nacionais, ou internacionais. O mesmo acontecendo com os treinadores.
E falando de treinadores, na sua grande maioria tem algum desconhecimento do que é ser árbitro do que é arbitrar um jogo, na verdade o seu papel não é esse,nem arbitrar jogos de treina é a mesma coisa. Na realidade deveria existir da parte de alguns mais humildade, eles podem errar mas o árbitro não pode, os jogadores podem falhar n situações de mais um, mas o árbitro se erra e não estamos a falar de erros técnicos é logo apontado, ou seja à velha maneira portuguesa, em vez de se apontar a solução do problema, cria-se um novo problema.
A arbitragem nunca é neutra, mesmo que dentro de elevados padrões de rigor e de aplicação do regulamento, ela influência e condiciona grandemente as actitudes dos intervenientes na competição desportiva. A titulo de exemplo as equipas na sua grande maioria molda a sua forma de jogar de acordo com a maior ou menor permissibilidade dos árbitros.
e para isso o árbitro deve se munir de determinados atributos que lhe garantam um levado padrão de arbitragem e um reconhecimento das suas capacidades , qualidades, conhecimentos, aparência, apresentação etc.em resumo estes padrões são conjugados de forma efectiva garantindo aos árbitros no decorrer da competição um nivel de competencia elevado.
Espero ter contribuido com algumas ideias para esta discussão.
Carlos a tua opinião é bastante válida, temos é que criar condições para que jogadores como tu não abandonem a modalidade e possam por exemplo exercer a função de delegado, no que me diz respeito aceito perfeitamente essa situação sem qualquer constrangimento.
Abraço
JBarradas

Anónimo disse...

Caro JBarradas....

É certo que todos erramos. Eu errei muitas vezes e também me senti frustrado por algumas arbitragens, mas a realidade (que admiti após uma análise a frio após o jogo) é que o árbitro errou sem favorecer descriminadamente uma equipa. Isso aconteceu e enquanto os árbitros forem humanos irá acontecer sempre.
Existem maneiras de minimizar os erros dos árbitros, com mais formacão, melhores condicões, etc... Concordo também que a formacão dos atletas e dirigentes deveria ser melhor.
No entanto, o meu ponto acerca dos regionalismos foi bem claro... Creio até ter sido explicito que baste no que quis dizer, mas parece não ter compreendido o que eu disse.

Se de vez em quando desse um pulinho ao Algarve e visse uns jogos entre equipas do Norte e o Portinado ou Louletano iria perceber o que eu digo... Se mesmo assim não compreende, aconselho-o a entrar para dentro de água e sentir a diferenca de tratamento.

Eu não deixei o Polo aquático Português... deixei o país e por consequência não consigo acompanhar a minha equipa (nem escrever com cedilhas no c).
Mas ainda tenho bem viva a memória do meu ultimo jogo em Portugal e da diferenca de critérios entre as duas equipas... Daí o meu comentário... ;)

SISCU PEREIRA disse...

concordo plenamente com o comentario anterior.
Cumprimentos

Apito na água disse...

Boas de novo Carlos.
Entendi o que disseste e com é evidente compreendo em pleno a tua posição conforme referi. Assim como concordo que existem difrenças nalguns casos bastante grandes, na aplicação dos critérios.
Conforme decorre da tua análise relativamente ás expectativas que decorre da acção de um jogo de polo, o que é de esperar é que a arbitrgem seja isenta e facilite o desenvolvimento do jogo. Como é evidente as arbitragens que te referes na deslocação ao Algarve podem eventualmente ter prejudicado a accção das equipas, isto no caso de existir uma manifesta diferença de critérios da equipa de arbitragem.
Mais grave se torna se a mesma equipa se posiciona para não aplicar as regras da forma que se deve aplicar, com rigor com critério.
Estas e outras questões são relevantes e não devem acontecer.
Tentemos contribuir neste forum de debate para melhorar e contribuir para que o Pólo seja uma modalidade diferente. Espero que regresses em breve ao nosso pólo, que apesar de tudo não é assim tão mau.
JB

Anónimo disse...

Caramba... Eu estarei a esquecer como se fala Português?

As arbitragens no Algarve apenas facilitam a actuacão das equipas locais.
Ainda me lembro do mesmo se passar em Lisboa há uns anos atrás, se bem que nos últimos as arbitragens tenham melhorado, ocasionalmente ainda se vê alguns casos tipicos de "capitalismo" (não aquele económico, mas aquele que puxa pela capital)... Acho até que o CDUP foi o último clube a sentir na pele isso.

Quanto ao fórum, acho que todos devemos dar opiniões para ajudar o polo nacional, eu dei as minhas no inicio portanto não me vou repetir.

Quanto a voltar a Portugal... só para férias e ver se a arbitragem melhorou com as opiniões no fórum.